domingo, 31 de maio de 2015

CLARIDADE

Entrei no vagão do limite, 
Joguei as redes ao chão, 
Deitei no ar das idéias
E  caminhei sobre o ar. 
Dissolvi das entranhas
Insoluções vagarosas
E renovei o armário
Cantando flores. 
Apenas olhei o infinito, 
Percebendo-me nua. 
A rua petrificada, 
Imaginando versos, 
Sem lamentos. 
As cores invadiram, 
As janelas respiram
E  o vento levou os espinhos.
Agora, 
Os versos boiam na luz, 
Engravidando correnteza, 
Indo além dos trilhos. 
Solturas sem medo,  
Com, apenas, relevância 
Em si mesmo,  na música. 
Ah!  Quanta claridade!


Vanize Claussen 
31/05/2015



domingo, 19 de abril de 2015

CORES

Larga essa rua 
de cores soltas no muro, 
estonteante sementeira 
de luz própria,
propícia ideia. 
Elementos arte vagueantes
vão solapando contornos,
vão fomentando imagens 
na passagem andarilha 
de uma pequena boca,
Boca da Barra. 
Rio das Ostras, 
gentileza de galera,
união de uma esfera
de sinais iluminados, 
iluministas da atualidade. 
Pessoas corretas, comuns,
discretas, sentimentais...
São essa gente que habita 
na Barra,  na Boca 
dos pescadores.
A primazia da simplicidade, 
simples idade em existir,
assim  como o peixe no mar.

Vanize Claussen 
19/04/2015

FLORES

As cores e sabores, 
que o tempo me traz, 
são amores das flores, 
amores perfeitos, 
alguns, sem jeito,
mas a alma se alegra, 
com a canção mais bela 
que vento vem trazendo. 
Experimento a brisa 
de uma forma intensa, 
inteira, inexplicável... 
Vou deixando acontecer 
dentro dos pequenos gestos 
a inexata certeza 
de estar de passagem ,
de mala na poesia ,
de esperança pelas tintas, 
tantas! Que o encanto encanta
a alma que vibra arte em si. 
Ah! 
Pureza na tempestade de ideias! 
Claridade de paz! 
Vibrações de amor! 
Sabores sem medida, 
na esperança do beijo  prometido. 
É ...as flores começam
a abrir o tempo da alma.


Vanize Claussen 
19/04/2015


domingo, 22 de março de 2015

AMOR PATERNO

Os portais estão abertos...
É finalizado o  empecilho
e as fronteiras foram quebradas.
Cada caminho agora traz paz.
Discretamente,
vou vertendo o tempo
e dissolvendo mal.
Saio de fininho
da sala escura
e emano luz 
para quem ficou.
Que seja o bem,
produzindo forças
e que as mazelas vividas,
experienciem,
ainda mais,
o amor.
Que cresça ardente, 
através do tubo etéreo
do amor Divino,
venha ao meu encontro,
todas as manhãs,
e fique comigo
todas as tardes e noites,
e pela madrugada
esteja em meus sonhos.
Já não vivo de entrelinhas,
mas das linhas que escrevo
e na arte que realizo,
recebo a divina graça
da abundância desmedida
em todas as áreas da vida.
Agradecida estou
por tanto amor Paterno!
Obrigada Meu Deus!

Vanize Claussen
22/03/2015

DIREITO DIVINO

Amanhece,
o vento recambaleia 
sobre às árvores. 
Meus avessos se distraem... 
O lado direito 
interpõe a face
e inusitadamente
amanheço dentro, 
cheia de flores, 
com perfumes internos 
e na sutileza 
do teu abraço,
onde terra nenhuma
pode tocar,
onde pedra alguma
pode ferir, 
pois o amor, 
mesmo num balanço, 
discreto, 
ama estonteante e feliz. 
Assim sigo, 
sabendo do encontro, 
onde o direito divino 
acontece para nós.

Vanize Claussen 
22/03/2015

quarta-feira, 11 de março de 2015

ADIANTE

No vagar da inspiração,
vejo-me arredia a iludir-me 
com promessas.
Sinto na densidade
da alma,
a inescrupulosa ação
do homem.
Meus pés apenas pedem
para caminhar adiante,
já que o telefone não toca.
Agora acabou o tempo.
Esperar é muito maduro,
mas a força de ir adiante
vai além desse amor
que esquece de acontecer,
para mim.
Os liames são sutis,
mas não existe mais tempo.
Hoje oportunizo,
 realizo-me de sabores,
os que construí
desde o nascimento.
Agora,
elevo meu pensamento,
vou caminhando à frente.
E, se, olhares para mim,
lembre-se do tempo,
da espera,
das sensações inexatas
de promessas desconectadas
a que me fez.
Se olhares para mim,
dissolve em ti o que ficou,
que dissolverei em mim
o que restou do nada
deste estado de relacionamento.
Palavras bandidas,
perdidas no vento,
retiradas,' por Deus',
da mente!
Sorrateiramente,
me despeço 
das linhas escritas,
de tua alma que amo.
Vou segurando na mão de Deus,
indo adiante.
Já não quero tua covardia,
quero apenas a felicidade,
a vontade de construir
e seguir os compassos 
do restante deste tempo, aqui.

Vanize Claussen
11/03/2015

terça-feira, 10 de março de 2015

BORBOLETA


Muitas vezes voamos, 
mas nem sempre saímos, 
exatamente,
do casulo que nos abriga. 
Percebo,
nas entrelinhas da vida,
que me contorço,
que me rechaço
para soltar 
das antenas de meu voo,
as grandes delícias
de minha alma.
Acredito,
que atenta,
vou subindo
rumo ao infinito,
onde nada e ninguém
podem maltratar
quem eu sou.
Intangível,
intocável.
Que somente
pelo criador,
seja tocada
lá em cima.
E na intensa
e perfeita atmosfera,
a liberdade me aprofunde,
encante-me,
e faça metamorfoses
estonteantes de luz.
Que seja leve
esse voo da vida,
tão breve!

Vanize Claussen
10/03/2015


segunda-feira, 2 de março de 2015

DISCRETOS LAMPEJOS

Hoje,
sinto "a macaca",
sorrisos abertos,
discretos lampejos,
àqueles que outrora,
estavam aguçados,
voltam à tona.
Grandes visualizações
reveladas em invisíveis imagens.
Começo a encontrar-me,
rumo ao meu destino,
vou saboreando ideias,
cantando solturas de amor.
O tempo
movimenta inquieto
as sensações interiores
invadidas de água,
que vai tomando
e limpando a casa.
O cascalho já nem incomoda,
é parte dos aprendizados,
vai tomando forma,
e a escultura, intacta,
vai surgindo no mármore.
E que o anjo habite
neste coração,
para que aconteça 
a transformação.

Vanize Claussen
24/02/2015



domingo, 1 de março de 2015

ALMA PASSEANTE

Das surpresas,
desatados os fios,
em nós,
seguindo o som,
do chorinho carnavalesco,
transbordando estrelas,
observando botões amarelos,
a vida segue boa
nesse feriado completo.
E, discretamente,
resolvendo andores
de passarinhais lembranças...
Restaurando interna,
inteiramente,
na vaguitude dos traços
 o compasso do retorno.
O foco retrata
 a paisagem verde
que renasce dentro,
nas entrelinhas pensamentais.
A água observadora
inquieta,
continua seguindo
o fluxo.
Ah! Tempo ligeiro,
que faz meu amor demorar!
Me traz este beijo
que anestesia musicalmente
a minha alma passeante,
andante de vida.  

Vanize Claussen
15/02/2015

sábado, 14 de fevereiro de 2015

PASSANDO

Tudo passa nessa vida, 
passadeira, 
passaralho,
passarinho 
passa quatro... 
E tudo  vai passando 
em revoada de luz... 
Até ferro passa roupa!
Quem diria então,
que água não vai passando?
Tudo passa,
as vezes  repassa,
transpassa,
em movimentos presentes.
Nem o tempo,
nem mesmo  o espaço,
podem impedir que passe,
Num instante
os segundos desta vida,
de passagem por aqui.
Vamos passar então,
desfiando nossos sonhos, 
desfilando ideias 
e fomentando amor. 
Beijos, fui... 
Estou só passando.

Vanize Claussen 
14/02/2015

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

EPISÓDIOS


Eu tenho defeitos,

tenho acertos, 


tenho direitos, 

tenho qualidades,

tenho até mesmo

verdades infinitas

para contar. 

Sou uma mulher guerreira, 

brejeira, faceira...

Mas não gosto de vacilar 

nem comigo nem com ninguém.

 Quando acontece

desculpas peço

pois não sou intima da culpa.

Quero viver leve,

Levemente avante,

Sou andante,

Caminho pra luz.

Quero paz na alma,

Muita calma e inteireza

Na presteza do abraçar

Para enlaçar o coração

Pequeno ou grande.

Quero ser a alegria

Da criança, esperança.

Na aliança do ato,

Apenas amar.





Vanize Claussen


05/01/2015

Postagem em destaque

O CAMINHANTE