quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

MARÉ

 Percebo, num pulsar,

as mazelas sem solução.

Como uma nuvem,
a passear dentro,
da mente e coração,
lá vai o dinheiro,
deixando para traz,
novamente, 
O AMOR.

O espetáculo que vejo,

faz-me divagar dentro,
onde ninguém pode espreitar,
e lá, no profundo sono da alma,
careço entender motivos,
das intangíveis sentenças
a que passamos aqui.

São movimentos,

leves medidas,
torcidas pra dentro,
como embutidas
na relação:
Matéria X Alma.
O que fazer então?

O tempo é de vida,

de viver e ver,
na claridade da alma,
acontecer o motivo,
que não financeiro,
mas de amor inteiro.
Só isso aguardo,
para ser verdadeiro.

Ajusto minhas velas,

para partir, se preciso...
A correnteza da maré,
já não é tão forte,
e assim posso ir,
sem medo.
Por que tudo
o mar traz,
e pode levar.

Já vivi muitos ventos,

naveguei tormentos,
agora é hora da paz.
quero apenas
caminhar tranquila,
na areia branca,
pés descalços,
sentindo o cheiro
da maresia e ali,
escrever poemas,
ditos pela alma.
  
Vanize Claussen

29/01/2014


QUERER

 Nem muito sã,
nem muito solta,
porém passeando
pela vida querendo
sentir e doar amor.
Sou assim...
curativo de mim.
Por que não posso
estar em ti se não quiseres...
só posso te pousar quando puderes...
Estou ainda em pleno voo...
e quando houver uma permissão,
estarei pousando.
E, nesse exato momento
vou pousar em meus sonhos...
dormindo, vou indo.
E quando tiveres
aquele tempo bonito,
bendito para o encontro
direito, perfeito...
chama-me e ama-me
como tua mais bela flor
Pilota-me inteira, por favor!
Coloca-me em teus braços,
afaga-me a alma e me acalma.
Traz paz ao meu sentir,
sentindo em mim, comigo,
assim, dentro, no alto
do mais puro sentimento.
No mais perfeito gozo
de alma pra alma.
Você me provoca escrever,
você me provoca as entranhas
na vontade de me ter,
por que demora tanto a se resolver?
Quero-te muito, já te quis mais, mais...
E no leme da espera,
te pego e agora fico
a esperar pelos teus beijos,
teus toques, teus dedos em mim...
Sou assim, qual furacão...
Não me deixe partir,
por favor me sacie inteira!
Me entendes agora?
Pela poesia que traço,
vai abrindo o peito
nas imagens que faço.
Descrevo o que sinto
através do poema...
E se passar então....
Me deverá muitas destas:
que dessa semana não passa...
mas o passaralho morreu...
então liga a pilha na minha
e vamos velejar mundo,
num profundo desatino do amor.
Amar requer querer
e uma mulher sabe quando
o homem a quer dentro em si.
Vendo não está
mas sentindo minha alma
que raros sentiram.
Vou me despedindo,
só me chame novamente
se me quiser verdadeiramente,
sem desculpas ou culpas...
somente querer por que é bom,
já é suficiente.

Vanize Claussen
27/01/2014

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ATO INSANO

Observo o céu,

as estrelas brilham,
irradiam a mais perfeita beleza...
Hoje sinto que a tempestade,
apesar das divagações,
se esvai devagar,
dissolvendo as incertezas,
trazendo defesas
dentro e fora.
Apenas observo
o tempo passando
e a imaginação crescendo.
O controle não é meu,
mas da vida que percorre
e dita para ir em frente.
Se os passos indecisos
não conseguem enxergar,
que posso fazer?
São pedaços de alma,
que diante de grande período,
esperou com calma.
Talvez o tempo mostre,
que não era bem o que pensava,
que a estranha temperatura,
que em mim ditava,
era apenas contigo.
Mas se a insegura certeza,
te leva ao longe,
com certeza resposta
ao tempo de amor estranho,
sem tempo de amar,
que me deixei ficar...
Que poso fazer,
a não ser,
esperar o tempo mudar?
AH! Minha vida,
quase perdida,
por um ato insano,
de esperar por uma
pequena atitude,
não feita,
desfeita em suposições,
irreais desejos de estar,
aqui,
comigo!

Vanize Claussen

20/01/2014

ESQUECIMENTO, TALVEZ

Quisera acreditar
nas mais lindas intenções,
mas o tempo mostra a verdade,
de limitações de tua alma,
que não sabe cantar a pedra,
ir a frente ou voltar.
Ah! Quisera acreditar
nas doces palavras ditas,
talvez benditas, não sei,
cantadas em meu ouvido!
Palavras apenas mornas,
levadas ao vento,
pelo esquecimento...
Que fascínio de voz,
cantante de amor,
nebulosa na farsa
da própria vida vendida.
Ah! Como seria bom
acreditar no que senti
dentro de ti!
Mas a falta de atitude,
a falta de certeza,
a falta de clareza,
mostram bem 
seu ser carnal,
se defendendo de algo,
que simplesmente criou...
O laço do amor
pode durar para sempre,
mas a espera bendita,
já não está mais feliz,
a cicatriz se fez.
Quisera muito querer-te,
até o fim esperar,
mas a vida é breve chuva,
não podemos afogar
em naus já naufragadas.
Sinto sede de estar...
mas não posso mais esperar.
Me perdoe, sinto muito,
te quero mais que tudo,
mas vou saindo do caminho
que não é caminho algum.
Bem seletiva,
vou caminhando.
Não sou têmpora,
nem telha furada,
nasci para ser bem amada,
ser feliz e integrada
na vida de quem me for
contente com meu amor.

Vanize Claussen 

20\02014

domingo, 19 de janeiro de 2014

LUZ DA ALMA

Minha posição cantante
me excita de luz,
solto faísca nas parcelas,
indiscretas em seus tecidos,
foscos pastéis de ver a vida!
Ah! Extasiante destino
que desatina um nó
de impensada sedução!
Um tempo perdido
de achados extensos
em nebulosas visões
de estar, por dentro, atenta.
Incendeia-me vê-la
tão indiscreta pelas cortinas,
como se a paisagem
em faiscante desejo,
soltasse fagulhas
de sinais tão distantes!
solto-me ao teu encontro,
mas presa estou,
sem poder tocar-te, ao menos.
Então, enquanto visto-me,
você se despe à minha frente,
cantarolando anseio de prazer
num flutuante enérgico gozo.
Ah! Como queria dar-te tudo,
como queria dar-te este prazer,
pequena radiante luz invasora:
minha ALMA!!!

Vanize Claussen 
19/01/2014


PASSAGEM DE AMOR

O horizonte está aberto,
no céu azul cristal
nuvens traçam
o mais belo delineado.
Consigo expandir essência,
relaxar por dentro,
numa soltura de ser feliz.
O caminhar diz tempo
e o farfalhar da terra,
abaixo de meus pés,
dentro do tênis de caminhada,
movimenta-me,
por dentro...
A ALMA,
já exposta,
relembra anseios
e sintonias felizes.
transporto-me
e assim sinto
extremo encanto na vida,
breve passagem de amor!

Vanize Claussen
11/01/2014

TRAÇOS DA VIDA

Já vivi muitos traços,
já sofri muitas cores,
naveguei em amores
e desatei muitos nós.
Já perdi a cabeça,
falei coisas sem pensar,
já desentulhei muito espaço
e cada pedaço um cansaço.
Já entornei o caldo
e desembrulhei presentes,
contentei-me de letras e, 
as vezes um livro.
Já estive em muitos lugares,
mares e marés,
desemboquei em verdades
que cada um de nós tem,
e cada um tem a sua.
Já percebi estranheza na fala,
e a vergonha no ato,
a certeza do fato
e o instrumento de paz.
Já colori o coração
de um espetáculo natural,
já nasci e deixei nascer,
experimentando ser filha,
experimentando ser mãe, aqui.
E foi fácil e não foi,
muitas coisas que aprendi.
Hoje continuo aprendendo
na certeza de encontrar
em meu ETERNO OLHAR,
a visão da infinitude do amor.
Que exista a paciência
nesta alma aprendiz,
e que eu possa resgatar
tudo aquilo que de mal fiz.
O tempo é passageiro insano,
poeta de mil cores,
transforma-se em delírio
para quem o vê passar;
que me traga a certeza
da pureza interior
em todos que vejo
em tudo que toco e,
assim musicar o amor!

Vanize Claussen

19/01/2014

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

ESTACAO

Colore-me
de teu amor
e dita-me
o caminho!
Sou de barro,
de vento,
de luz...
Produz nas peças
de meu quebra-cabeça,
a certeza,
a confiança,
a paz.
Invade-me de amor
e transforma-me,
metamorfoseando-me
de alegrias infinitas,
intensas verdades,
da visão da águia.
Solto-me
ao teu encontro
e passageira vou
ao teu chamado,
invadida de estação.

Vanize Claussen

01/01/2014

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O CAMINHANTE