terça-feira, 8 de janeiro de 2013

CILADA DE AMOR



O silêncio rompido,
o amor engajado
nesse templo vivo
de sabores de tudo.
E lá fora os pássaros
anunciam o amanhecer!
Não importa o dinheiro,
nem suas vergonhas,
mas o canto silencioso
de seu coração.
E lá,
Onde não existe sociedade,
Talvez, nesse ponto,
O amor desabroche límpido.
Por que esconder
Nesta imagem social
A certeza de querer ficar?
Motivos, tantos motivos...
Encontramos
sabotando o amor!
Talvez um medo,
tão grande receio
de falar e sentir
a felicidade!
Cilada de amor,
que envolveu,
tocou, tentou
meu coração
e não foi só tesão.
Sensação absorta,
tentativa inexata,
formação incompleta,
que rompeu minha alma.
Quantos anos de espera!
E no exato instante,
um rompante incontido
de sentimento amassagado,
sofrido, doído de uma vida
na emoção partida
de nós dois.
Ah! Impotente sensação de amar,
diante da imagem
de uma sociedade falida
e morna!

Vanize Claussen  14/12/2012

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

TÊMPERO



Tempero
com alma
numa grama
de marcas atônitas,
na quimera de um abraço.
Foco pautado
nas flores do tempo,
que vai rápido,
como se os minutos,
cravados na vida,
se dissolvessem
num estalar de dedos
e pudessem extinguir
capítulos passados, parados.
Mas a dor,
ainda latente,
permanece,
não esvanece e
procura a certeza
na incerteza de existir.
Imagens renascem
e formam potes
de loucura de amor,
onde,
em instante de prazer,
o corpo tranquiliza-se
e viaja, navegando
o mar do subconsciente,
experimentando, assim,
a certeza expressiva
da vida real.
25/07/2012

Vanize Claussen



TEMPORAL



O dia amanheceu nublado
com inquietações
assombrando a mente,
coisas de não querer ficar.
Ir embora
seria menos frustrante
que simplesmente ouvir
o gosto do que
não se quer.
Palavras voadoras,
feito esfinge,
quantas vezes,
quantos anos...
Igual agulha
que penetra a pele
dolorindo-a.
Poderia ser diferente,
mas a marcha
foi engatada 
e não se sai do lugar.
Ainda existe tempo?
Não sei...
O espaço apertado
dentro em si,
desata a chorar os erros
e o que não se fez.
Agora é momento de esperar.
Vanize Claussen 8/7/12

PRESENTE DE ALMA

 

Minha alma,
que antes enrrustecida
de amor pisado,
se desafoga, desata,
desapega, desprende
e solta, caminha,
na certeza do encontro de alma.
É o pulsar da vida,
do criador,
dissolvendo o imprevisto
da história sem um fim.
Ah! Tempo!
Quanto espaço,
pedaço de lamento,
não devia existir!
Mas tudo é parte
que faz parte
de uma enorme parte,
que transmuta,
desconecta,
desobriga
e se aquieta,
para caminhar silenciosa,
esperando as rosas
que lhe foram prometidas. 
Delícia de tempo do encontro!
Formação do encanto
Que passageiro continua,
Presente de alma.

13/11/2012 – Vanize Claussen

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O CONCEITO



Especial destino de um ano que passa ao outro. Não sabemos onde tudo isso começou, onde está a contagem de um conceito de dias de um ano, onde a população se alegra e se entrega num movimento crucial de luzes, cores e festa.

Ano novo que surge alimentado de esperança, uma aliança de desejos infundidos nas mentes semeando algo que além de sonho, vibra e aquece no movimento de soltura do inconsciente, onde não há limite, não existe verdade nem mentira, mas um acordar de algo bom, onde nascer é apenas um sentir de fogos artificiais que encontram a luz do luar minguante, nenhuma certeza, apenas saber existir aqui neste planeta transformando-se em luzes crepitantes de uma meia noite apenas de idéias, onde soltar-se é complemento da imagem de um passado, presente, futuro constante em cada um de nós.

A lua mingua, mas os fogos se acendem gradativamente na cidade, e os minutos passantes, sem amargo, nem dor, estalam, crepitam, nas cores de arco-íris no céu da cidade. Perfeita sintonia de alegria! Novo ano para começar tudo novamente.

Vanize Claussen - 01/01/2013

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

AH! O AMOR!

O que seria do amor se não fossem os incríveis 

altos....baixos que acontecem dentro em nós? É preciso não 

ser morno, mas viver o que o amor propõe...



Muitos e muitos ainda estão na busca do encontro, mas 


verdadeiramente o AMOR está dentro de nós.



Pode-se perceber que o outro nos ama, mas só podemos 


entender o amor que sentimos, pois o lado de lá é uma 


metáfora.

Se pudéssemos estar no coração do outro a ouvir, talvez a 



melodia fosse perfeita aos nossos ouvidos.

Ah! O Amor! Esse viajante misterioso do coração a embalar 


como canção a vida em nossos corpos tão mortais!


12/12/2012

Vanize Claussen

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

TRÊS MESES


São pedaços de um tempo,
tempo perdido, talvez,
não sabemos,
ou laços realizados...
Imagem real de amor,
que existindo,
não se apaga,
mas é como fogo crepitando,
nem o carvão
pode extinguir o ardor.
Para sempre três meses,
de espera,
de latência,
engravidamento
que faz o aprendiz
evoluir em seu tempo,
no seu tormento de esperar,
que desespera na dor de ver
e torna a acalmar
no mar do encontro exasperante
de ainda não poder ficar.
Oh! Espera desesperante de amor!
Quanta luz! Quanta dor!
Muitos anos, tanto tempo...
E noventa dias esperar
a clareza de amar que acontece.
Vidas que não enxergavam
a beleza um do outro,
mas que num espaço real
se encontraram e,
a espera estão
do tempo de amor
pelo resto de suas vidas,
como se um pó mágico
os estivesse enfeitiçando
para não ficar,
já sendo algo forte,
além do norte
em seus corações.
São três meses de espera
latejando o sentimento,
da certeza clara de ficar
e eternizar a vida
na sensação de presença.

Vanize Claussen 9/12/2012

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