terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O CONCEITO



Especial destino de um ano que passa ao outro. Não sabemos onde tudo isso começou, onde está a contagem de um conceito de dias de um ano, onde a população se alegra e se entrega num movimento crucial de luzes, cores e festa.

Ano novo que surge alimentado de esperança, uma aliança de desejos infundidos nas mentes semeando algo que além de sonho, vibra e aquece no movimento de soltura do inconsciente, onde não há limite, não existe verdade nem mentira, mas um acordar de algo bom, onde nascer é apenas um sentir de fogos artificiais que encontram a luz do luar minguante, nenhuma certeza, apenas saber existir aqui neste planeta transformando-se em luzes crepitantes de uma meia noite apenas de idéias, onde soltar-se é complemento da imagem de um passado, presente, futuro constante em cada um de nós.

A lua mingua, mas os fogos se acendem gradativamente na cidade, e os minutos passantes, sem amargo, nem dor, estalam, crepitam, nas cores de arco-íris no céu da cidade. Perfeita sintonia de alegria! Novo ano para começar tudo novamente.

Vanize Claussen - 01/01/2013

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

AH! O AMOR!

O que seria do amor se não fossem os incríveis 

altos....baixos que acontecem dentro em nós? É preciso não 

ser morno, mas viver o que o amor propõe...



Muitos e muitos ainda estão na busca do encontro, mas 


verdadeiramente o AMOR está dentro de nós.



Pode-se perceber que o outro nos ama, mas só podemos 


entender o amor que sentimos, pois o lado de lá é uma 


metáfora.

Se pudéssemos estar no coração do outro a ouvir, talvez a 



melodia fosse perfeita aos nossos ouvidos.

Ah! O Amor! Esse viajante misterioso do coração a embalar 


como canção a vida em nossos corpos tão mortais!


12/12/2012

Vanize Claussen

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

TRÊS MESES


São pedaços de um tempo,
tempo perdido, talvez,
não sabemos,
ou laços realizados...
Imagem real de amor,
que existindo,
não se apaga,
mas é como fogo crepitando,
nem o carvão
pode extinguir o ardor.
Para sempre três meses,
de espera,
de latência,
engravidamento
que faz o aprendiz
evoluir em seu tempo,
no seu tormento de esperar,
que desespera na dor de ver
e torna a acalmar
no mar do encontro exasperante
de ainda não poder ficar.
Oh! Espera desesperante de amor!
Quanta luz! Quanta dor!
Muitos anos, tanto tempo...
E noventa dias esperar
a clareza de amar que acontece.
Vidas que não enxergavam
a beleza um do outro,
mas que num espaço real
se encontraram e,
a espera estão
do tempo de amor
pelo resto de suas vidas,
como se um pó mágico
os estivesse enfeitiçando
para não ficar,
já sendo algo forte,
além do norte
em seus corações.
São três meses de espera
latejando o sentimento,
da certeza clara de ficar
e eternizar a vida
na sensação de presença.

Vanize Claussen 9/12/2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PAISAGEM


Deito-me para amorenar
minha casca espiritual.
A natureza canta,
encanta com variados sons.
e no habitat dos animais,
encontro-me.
Sinto a variação
dos elementos coloridos
e a calma das águas.
Percebo meu corpo
envolvido na luz natural...
Busco espaço para encontrar,
naturalmente e
devolvo ao meu pensamento
a tranquilidade
ao meu olhar.
Contínua busca eternizada
em movimentos instantâneos
e fortalecida nesta paisagem.
25/05/2012
Vanize C. Corradini

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

VÁCUO



Quero ter a visão da águia,
que em seu alto voo
busca o ninho mais precioso.
Quero estar livre de barreiras
e soterrar o que incomoda minh’alma.
Quero voar, libertar a emoção
e viver um amor sem limites.
Quero na profunda sabedoria
encontrar o verdadeiro anjo do amor,
que exala sinceridade
e fale a mesma linguagem.
Quero dormir tranquila
e ao seu lado sentir pura presença,
exalando luz e paz.
Quero uma alma que me aqueça
e em minha intimidade ser melhor.
Quero cabalisticamente encontrar esta parte
Separada de mim e m e unir,
em harmonia transcendental.
E nessa busca constante,
encontro e percebo:
- Os anjos de cima somente nos livram.
Sou grata, graciosamente feliz,
por livramentos intangíveis
e por curas inexplicáveis.
Agradeço a verdade que aparece,
Mesmo no desagrado de corroer meu coração,
já amando.
Agradeço pela vida, pela paz,
pelo vácuo que me faz olhar além de mim.
Vanize Claussen 18/06/12

LÍNGUA


                                                                          
Língua que fala e fere
É língua que não tem pudor
É felina, astuta e mata,
É língua que não tem amor.
Quer dizer, porém não diz,
Apenas se contradiz
No espetáculo que é falar
De qualquer maneira
Sem se importar.
E assim a língua assusta,
Afasta, atrapalha a convivência
E nos deixa sem clemência.
Mas o que fala a língua
Pode também ser de paz
E aumentar a auto-estima
Cada vez mais,
Só depende do coração
E da língua que tem emoção.

VANIZE CLAUSSEN CORRADINI
               21/07/2007

ÁGUAS DA IMAGINAÇÃO



Preciso estar em meu quarto,
sob o retrato
vivificado de amor.
Não posso
esconder-me do tempo,
nem ter um lamento,
apenas preciso cantar,
traçar letras no espaço
e sideralizar o tormento
de imagens distorcidas,
mas que sairão limpas
no sabor de teu beijo.
Teu afago em meu corpo
anestesia minha alma, e,
me faz lembrar
A esperança do amor.
Assim vou cantando
este movimento interno,
deixando falar,
me debulho de imagens,
me visto de palavras
e caminho sobre
águas da imaginação
ardida e quente,
como fogo,
incendiando o coração.
O amor nascendo,
num simples instante.

Vanize Claussen 05/08/2012

VENTO


Se meu voo fosse igual
a pipa que voa,
estaria voando
ao seu encontro
na esperança,
de mais uma vez,
ser chamada
a enamora-me de ti.
Mas a vida não espera,
corre alerta à todos os lados e,
desse jeito,
vamos trabalhando
na correria do vai e vem,
onde em pequenos momentos,
nos encontramos,
nos entorpecemos do amor.
Criador, criatura,
na faminta de arte
de amar e do amor.
Espetáculo de vida,
onde desabrocha a união
do amor mais puro!
E na rabiola balançando,
o espetáculo do encontro
entre céu e terra,
entre azul e mar,
na procura desesperada
do encontro fortuito
entre nuvens espaçadas
no vento de si mesmo.
Pregadores no varal,
balançando,
o telhado envidraçado
na busca de ver
e com clareza escolher:
fonte de iluminação,
paz, envolvente espaço
onde tudo é perfeito.

Vanize Claussen 

31/10/2010

domingo, 25 de novembro de 2012

CAMINHO DO MEIO



Saboreando a vida,
vou seguindo,
prestando atenção
a cada riso, cada som,
cada espetáculo
de pedaço de chão,
espaço de pessoas vivendo,
onde números, vozes,
andares, jogos, bonés,
damas e movimentos
de botão de mesa,
vão absorvendo
meu tempo de ver
os ensinamentos da vida,
que brotam na experiência
de busca constante,
expressão de vida,
onde tudo e nada
são a mesma coisa,
onde criança e adulto
se encontram
e o caminho do meio,
acontece.
Vanize Claussen 13/07/12

AZEDUME



Hoje o dia está com gosto
de fruta azeda,
e o amargo
soa como um estrondo
no coração...
Mas a consistência
é de aprendizado,
daqueles que metem medo,
mas fazem acontecer
a grande virada da vida.
E, nesse azedume,
estabeleço o fio do amor,
apesar do tombo,
sinto-me fortalecida,
espiritualmente em paz.
Rompeu-se a mentira
e instalou-se a verdade,
num turbilhão de imagens,
tão grandes, que tudo
vai passando devagar e, 
a força interior aumenta
profusamente, pacificamente,
restaurando todo meu ser vivo.
Vanize Claussen 18/06/12

VIDA


 O momento é de espera
que desespera e lateja,
faz dilacerar meu útero
como pedra batida.
É muito pouco estar, conter...
É preciso muito mais
para não esconder,
deixar o coração falar.
Tempo, aprendendo,
eterna construção de idéias,
formas diversas...
até a conclusão que não é total,
pois ao eterno está ligada.
Vida é... tudo isso vida,
que desabrocha, que espelha
e vai saindo da boca do estômago
até o final das córneas.

Vanize Claussen 28/11/1987

(Quando mais precisamos estar com alguém, ele desaparece, pois o sentido é estar em si mesmo)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

GOTAS



O vidro reflete o brilho de gotas,

estilantes,

onde,

através da janela,

os olhos d’água

incendeiam a noite

de se ver, em luzes,

nos prédios em frente.

O poste,

com seu farol

reluzente,

também acenam

gotas deslumbradas

de sol,

onde o poema

distorce pra cantar

na chuva que aquece

meu pensar.

Ah! Delícia de tempo!


Vanize Claussen 

12/07/12

domingo, 28 de outubro de 2012

A TELA


Me deixo levar
nas águas da imaginação,
procurando não conter
as palavras que percebo.
Deixo fluir de mim
tudo aquilo que sou.
Sou vento, terra,
água e sol...
A cortina se abre
no espetáculo do que sou.
Percebo as linhas,
já não são mais confusas,
se dissolvem de alegria
pelo encontro de si mesma.
O céu se abre em versos
onde acontece,
na tomada do tempo,
a tempestade de idéias.
A criação vem a galope
e fazer já se torna
algo visível e palpável.
 Posso sentir
a imaginação
se transformando
em realidade,
basta apenas experimentar
o gosto do prazer
nas cores reluzentes
tombadas na tela.
O amor acontece
e somos feitos um do outro.
Elemento por elemento
se misturando em tintas
num quadro sem mistura.
A composição transforma,
num leve movimento,
toda caminhada de uma vida.
Agora é o prazer de pintar
E ser completamente feliz.

Vanize Claussen 
01/11/2010



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